Defesa dos direitos será tema central

22/07/2016 - 13:45

Defesa dos direitos será tema central

Nenhum direito a menos! É com esse mote que os trabalhadores de algumas das maiores categorias profissionais do país iniciam as campanhas salariais no segundo semestre de 2016. Bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos estarão unidos e organizados em torno da defesa dos direitos trabalhistas e sociais.

A conjuntura exige tamanha mobilização. Em alguns setores, o patronato, aliado ao governo interino, ameaça com reajuste zero, demissões, retirada de conquistas históricas. Assim, a  categoria bancária definirá nos dias 29 a 31 de julho, em São Paulo, na 18ª Conferência Nacional, as prioridades para esta campanha.

A Campanha Nacional Unificada 2016 se dará num momento em que os bancos, como sempre, seguem com excelentes resultados. O lucro líquido dos cinco maiores (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,131 bilhões. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 6,2%.

Dos 25 setores com empresas de capital aberto avaliados pela Consultoria Economatica, o bancário foi o de maior lucratividade no período.

RETROCESSOS - Nos últimos dois meses, o governo interino e golpista, com o apoio de empresários e banqueiros, vem divulgando uma série de medidas que prejudicam somente a classe trabalhadora. Dentre as mais nocivas estão a reforma da Previdência – com aposentadoria somente a partir dos 65 ou 70 anos para todos (homens e mulheres, da cidade e do campo) e dificuldades para quem se afasta por  doença –; a aprovação da terceirização ilimitada, inclusive para atividades-fim; e agora a ampliação da jornada de trabalho para até 80 horas semanais (leia mais aqui). Divulgou também no dia 20, que enviará ao Congresso Nacional projeto de lei para modificar a CLT, visando retirar direitos e garantias dos trabalhadores.

“Não sugerem um único item para taxar os mais ricos ou os que ganham mais” critica Ivan Gomes, presidente do Sindicato. “Que tal taxar grandes fortunas, heranças, cobrar dos sonegadores, acabar com a isenção de impostos para quem recebe dividendos de ações? Só com essa última proposta, mais de R$ 34 bi ao ano seriam arrecadados pela União. Há muitas outras medidas para adotar, antes de acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora e aumentar ainda mais a desigualdade que já é gigantesca no Brasil”, afirma Ivan.

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