Só a luta te garante

09/08/2016 - 13:30

Só a luta te garante

1.jpg

Bancários SP

A Campanha Nacional Unificada 2016 deverá ser uma das mais árduas dos últimos anos. A luta dos bancários contra demissões, por mais contratações, aumento real, PLR maior, fim da terceirização e condições de trabalho decentes, este ano vai se somar à mobilização nacional de toda classe trabalhadora contra a retirada de direitos como a reforma da Previdência, que pretende aumentar a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres para até 70 anos. 

Essa foi a decisão referendada pelos 633 delegados eleitos em todo o Brasil para debater e votar a pauta de reivindicações dos bancários, que será entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 9 de agosto.

Prioridades – Reunidos entre os dias 29 e 31 de julho na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, os trabalhadores da categoria definiram suas prioridades em relação a emprego, saúde e condições de trabalho.

Na remuneração, o índice de reajuste salarial reivindicado é de 14,78% com aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%. A PLR a ser cobrada dos bancos será de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.

Mobilização conjunta – Os trabalhadores também aprovaram a divulgação de um manifesto contra o golpe e a retirada de direitos, assinado por algumas das maiores centrais sindicais do país. A abertura da Conferência, contou com a participação de dirigentes de várias categorias, como petroleiros, metalúrgicos, vigilantes. 

O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto Von der Osten, afirmou que diante deste cenário, a negociação com os banqueiros tende a ser ainda mais dura, mas que os trabalhadores estão prontos para a luta. “Com o fim da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, temos uma minuta unificada que nós vamos apresentar para os banqueiros, defender com determinação e fazer uma grande Campanha Nacional rumo a um reajuste salarial com reposição da inflação mais o ganho real que nossa categoria merece. Vamos também defender nossos direitos, a democracia e lutar contra a terceirização. Nenhum direito a menos, foi o que decidimos nesses três dias".

O presidente do Sindicato dos Bancários de Patos e Região, Ivan Gomes, reforça a estratégia: “Uma campanha unificada com outras categorias nos fortalece”. Ele também destaca que a pauta dos bancários é ampla: “Não trata só da questão da remuneração do bancário, mas de toda sua vida profissional, na questão de saúde, mais condições de trabalho, e de segurança”.

Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta em defesa do emprego, das empresas públicas, pelo fim das demissões imotivadas e da terceirização. Os bancários dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta taxa de juros, tão nefasta à sociedade.

 

 

Leia mais: Mesa de abertura convoca unidade para resistir

 

.

Comentar

CAPTCHA
Esta pergunta é para testar se você é ou não um visitante humano e para evitar envios automatizados de spam.

Comentários recentes

Newsletter

Mantenha-se informado com nosso boletim online

Denuncie