O Brasil se une pela educação

10/06/2019 - 16:15

O Brasil se une pela educação

Em mais de 150 cidades, além de 24 capitais e Distrito Federal, bancários se juntaram aos estudantes e trabalhadores da educação, na quinta-feira (30), para mais um Dia Nacional de Mobilização contra o corte de verbas na educação e a reforma da Previdência, propostos pelo governo de Jair Bolsonaro. A atividade contou com milhares de brasileiros, que foram às ruas em defesa do ensino público e da aposentadoria, rumo à Greve Geral de 14 de junho.

Convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a mobilização contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de entidades filiadas a Central, como a Contraf-CUT, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

“Vamos às ruas para defender os investimentos em educação. Um país que não investe em educação é um país sem futuro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

De acordo com a presidenta da UNE, Marianna Dias, os protestos são em resposta a falta de consideração do governo com a educação dos brasileiros. “Nossa mobilização segue contra os cortes no orçamento da educação e os ataques à autonomia das universidades.

A resposta dos estudantes a falta do diálogo do governo e a forma como trata a educação e a pesquisa, está nesse grande movimento nas ruas”, avaliou.

ATIVIDADES INTERNACIONAIS - A voz dos estudantes e trabalhadores ultrapassou fronteiras e alcançou territórios internacionais. Na Espanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Suíça, Irlanda e nos Estados Unidos, manifestantes foram às ruas em defesa da educação.

GREVE GERAL DE 14 DE JUNHO - A mobilização também é um “esquenta” para a greve geral, que será realizada pela CUT e demais centrais sindicais (Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central), no dia 14 de junho, em todo o país. (edital pag. 02)

De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os trabalhadores vão às ruas porque não admitem ter de trabalhar por 40 anos para acessar a aposentadoria integral. “Os trabalhadores não aceitam um sistema de capitalização que só aumentará os já escorchantes lucros dos banqueiros. Não admitem ser prejudicados por uma proposta que piora a vida da maioria da população, mas, principalmente, pune as mulheres e os mais pobres. Não querem os professores nas salas de aula até os 60 anos nem trabalhadores do campo sem direito de se aposentar”, afirmou.

Vista aérea mostra estudantes protestando contra o corte de verbas nas universidades, 
no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo (SP) - 30/05/2019 (Miguel Schincariol/AFP)

Fonte: Contraf-CUT

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