Mês de aniversário da Caixa é marcada por início de processo de privatização

31/01/2020 - 17:45

Mês de aniversário da Caixa é marcada por início de processo de privatização

Com argumento frágil, atual gestão pretende entregar Caixa Seguridade para o capital privado, seguindo os passos do Banco do Brasil, que viu sua rentabilidade diminuir após a entrega da BB Seguridade

No mês que a Caixa completou 159 anos, os empregados não têm nada a comemorar, só lamentar. Isso porque, o presidente do banco, Pedro Guimarães, anunciou que a parceria entre a Caixa Seguridade e a Tokio Marine para a comercialização de seguros residencial e habitacional pelo canal bancário da Caixa é a primeira de uma série de outras que devem ser anunciadas ainda neste mês.

A Caixa Seguridade e a Tokio Marine fecharam acordo para abrir uma nova empresa que vai explorar, por

20 anos, os ramos de seguros habitacional e residencial na rede de distribuição da Caixa Econômica Federal, conforme noticiou o jornal  Estado de São Paulo (Estadão).

A Caixa terá 75% de participação no capital da companhia, com 49,99% das ações ON e 100% das PN, enquanto a Tokio Marine terá 50,01% das ações ON e 25% do capital.

“Qual a justificativa para, nessa operação, a Caixa ter de injetar 75% do capital, sendo que não terá a maioria das ações?”, questiona Vivian Sá, dirigente sindical do SEEB SP. “É um ataque frontal contra a soberania da Caixa”, afirma a dirigente.

Mais encolhimento - Além da Caixa Seguridade, o presidente da empresa pública, Pedro Guimarães, revelou que também pretende se desfazer de outros ativos do banco.

“Em 2020, teremos foco total na abertura de capital da Caixa seguridade e da Caixa Cartões. O da Caixa Seguridade será um laboratório para os demais (..)", afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

“O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pretende entregar ao capital privado duas das áreas mais rentáveis do banco público. Este novo fatiamento representa mais um ataque ao principal banco 100% público do país. Entregar ao capital privado áreas tão lucrativas como essas não tem qualquer justificativa que não seja a diminuição do banco público. Os bancos privados agradecem”, critica Vivian.

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