Bancos lucram R$ 28,5 bilhões e cortam 3.600 empregos

25/08/2014 - 13:45

Bancos lucram R$ 28,5 bilhões e cortam 3.600 empregos

Na contramão da economia, os bancos já extinguiram 3.600 vagas de emprego no setor, de janeiro a julho de 2014, mesmo com um lucro total de R$ 28,5 bilhões apenas das cinco maiores instituições, no 1º semestre. Somente a Caixa Econômica Federal (Caixa) abriu novos postos de trabalho, sendo ao todo 1.595.

Os dados são da Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) realizada pela Con-traf-CUT em parceria com o Dieese, com base nos registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em todo o território nacional, 17 estados apresentaram saldo negativo de emprego, sendo liderado por São Paulo (1.524) seguido do Rio Grande do Sul (621), Minas Gerais (480) e Rio de Janeiro (463) .

A alta frequente na rotatividade (substituição de trabalhadores antigos por novos) tem crescido no setor e vem reduzindo o piso salarial, uma vez que, os novos contratados exercem a mesma função e recebem, em média, 36,7% a menos que os desligados.

A desigualdade, principalmente com relação ao gênero, permanece no ambiente bancário onde o salário médio das mulheres é 24,7% inferior aos dos homens e reforça a necessidade de igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional.

Outro problema que ainda permeia, trata-se da concentração de renda. O trabalhador que ganha piso salarial ou exerce a função de caixa precisa trabalhar no Itaú, Santander ou Bradesco, em média, 20,6 anos para alcançar o salário anual dos executivos que, em média, equivale a 248,9 vezes o piso do bancário.

Com lucros enormes e tamanha concentração de renda, os bancos tem condições de atender as reivindicações dos trabalhadores, considerando principalmente, mais emprego, valorização do piso, PLR e benefícios além da promoção de saúde e segurança.

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