Bancos contribuindo com o desemprego

04/02/2016 - 13:00

Bancos contribuindo com o desemprego

O banco Itaú que obteve em 2015 o maior lucro anual da história de um banco registrado até hoje, de R$ 23,8 bilhões, aumento de 15,6% em relação ao seu próprio recorde de 2014. Mesmo com este lucro extratosférico, o Itaú cortou 2.711 postos de trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego no país e para a piora das condições de trabalho em suas unidades. 

Os bancos públicos também contribuíram em grande parte para o saldo negativo de empregos no setor bancário que, em 2015, fechou 9.886 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Esse saldo negativo representa crescimento de 97,6% em relação ao número de postos extintos pelo setor em 2014 (-5.004). O aumento se explica, em grande parte, pelos milhares de desligamentos que ocorreram no Banco do Brasil e na Caixa, por conta de seus respectivos planos de incentivo à aposentadoria.

No BB, cerca de 5 mil aderiram ao PAI (Plano de Aposentadoria Incentivada), enquanto que na Caixa, o Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA) foi responsável pela saída de aproximadamente 3 mil empregados. Essas vagas ainda não foram repostas, como cobra o movimento sindical, e o saldo de empregos em ambos foi negativo.

Para piorar a situação a Caixa relançou agora  um novo  plano de desligamento, semelhante ao do ano passado, com expectativa de adesão 1.500 bancários.

Em 12 meses (setembro de 2014 a setembro de 2015), a Caixa eliminou 2.416 postos de trabalho. No mesmo período, o BB extinguiu 2.552 vagas. E isso com seus respectivos lucros em alta.

‘‘Somos contrários e vamos lutar para a revogação da Portaria nº 17 do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - DEST, publicada no dia 23/12, que limita o número máximo de empregados em empresas públicas e das sociedades de economias mista, pois esta portaria atinge em cheio o BB e Caixa, que já estão com seus quadros de funcionários deficientes’’, afirma Ivan Caetano, presidente do Sindicato.

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