Bancos cobram reformas

06/09/2016 - 17:00

Bancos cobram reformas

Os bancos, que tanto “contri-buem” para a economia nacio-nal com seus altos juros, tarifas abusivas, extinção de milhares de postos de traba-lho, redução do crédito para investimento, já cobram do governo que assumiu o Brasil, no dia 31 de agosto – após a destituição da presidenta eleita Dilma Rousseff –, rapidez nas reformas que vão prejudicar toda a população brasileira. 

O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, defendeu o encaminhamento urgente de “reformas necessárias” como a PEC 241, que limita gastos com Saúde e Educação por 20 anos em nome do ajuste fiscal. “Ou seja, a PEC corta gastos sociais e libera para os bancos; o governo estará tirando do povo brasileiro para dar às instituições financeiras, já que o ajuste tem como objetivo pagar juros da dívida pública, toda nas mãos dos banqueiros.”, critica a secretária-geral do Sindicato de São Paulo, Ivone Silva.   O banqueiro, tão preocupados com os empregos, extinguiu quase 3 mil postos de trabalho no Itaú nos seis primeiros meses deste ano, mesmo período em que o Itaú lucrou mais de R$ 10 bilhões.

Terceirização – Além de congelar investimentos públicos com apoio dos bancos privados, Michel Temer anunciou que vai fazer reformas previdenciária e trabalhista, que vão reduzir ou retirar direitos. Na mira, a aposentadoria somente a partir dos 65 anos tanto para homens como mulheres, e direitos previstos pela CLT, como jornada, férias, 13º salário.

Outra bala na agulha desse governo, e de grande interesse dos bancos, é a ampliação da terceirização. O setor financeiro, que conta hoje com 512 mil bancários, tem cerca de 400 mil terceirizados prestando serviços antes feitos pelos trabalhadores da categoria. Todos com salários muito menores, direitos rebaixados, jornadas mais extensas, péssimas condições de trabalho.

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, que também defendeu em nota a urgência nas reformas – ao afirmar que o Brasil precisa de um “pacto pela retomada do crescimento econômico e da geração de empregos” –, deve estar falando desse tipo de emprego terceirizado. Somente de janeiro a junho o Santander acabou com 1.368 vagas no seu banco. 

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