Mídia não dá manchete para queda do trabalho informal

30/06/2014 - 16:30

Mídia não dá manchete para queda do trabalho informal

A manipulação da grande mídia, principalmente, quando se trata da distorção do pensamento político-social, esteve no auge de sua evidência em julho de 2013, quando grandes emissoras, inicialmente, tentaram encobrir as manifestações nas ruas o que, através das redes sociais, foi denunciado.

De maneira semelhante, duas pesquisas recentes que comprovam grandes avanços sociais na história do país, nos últimos dez anos, foram desprezadas pela grande imprensa, que limitou-se a publicar pequenas notas sobre os dados.

Tratam-se do estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mostra que o trabalho informal atingiu o índice mais baixo da história do país – equivalente a 16,2% do Produto Interno Bruto (PIB) -  e de outra pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC) que comprova a queda no risco de demissões e o aumento na criação de vagas de emprego, nos últimos dez anos.

Segundos os dados divulgados pela FGV, a informalidade no emprego caiu 60%, e essa grande redução deve-se pelo aumento da escolaridade do trabalhador. O BC também divulgou dados que informam que a probabilidade de desligamento caiu de 2% para 0,8% (equivalente a -61%) desde o final de 2013, assim como a chance de encontrar emprego subiu para 3,2% no mesmo período.

Ambas pesquisas marcam uma transição e um crescimento do país, que nos governos pós FHC, adotaram políticas populares e programas sociais que investiram mais em educação e na criação de vagas de emprego, o que tem contribuído diretamente para o aumento da renda dos trabalhadores e, consequentemente, para o aquecimento do mercado interno.  A diminuição da informalidade tem garantido melhores condições de trabalho e de vida à população.

O desprezo dessas informações deixa claro o jogo de interesses que regram a mídia, o que permanecerá até que se coloque um fim ao oligopólio. Acabar com a concentração dos veículos de comunicação nas mãos de poucos é uma necessidade, assim como regulamentar e democratizar a mídia, que só sabe esconder o que é bom e, de maneira sensacionalista, manipular e destacar o que é ruim.

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