Bradesco e Santander: Lucros contrastam com demissões

As margens de lucros apresentadas pelos bancos, mostram um crescimento de 3,4% para o Bradesco e uma queda de 14,4% para o Santander, em relação ao mesmo período de 2012. Mesmo assim, o resultado trimestral desse último continua representando 26% do seu lucro mundial.

Ambas instituições ficaram devendo as contrapartidas sociais, já que fecharam juntas 1100 empregos (592 no Bradesco e 508 no Santander) no mesmo período, acumulando corte de 3.878 vagas nos últimos 12 meses (2.309 no Bradesco e 1.569 no Santander).

Mesmo com a inadimplência estável, os bancos repetiram o truque contábil e elevaram, significativamente, as suas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), cujo valor alcançou o patamar dos R$3.475 bilhões no Bradesco e R$3.371 bilhões no Santander que, comparado a março de 2012, mostram um crescimento de 5,4% e 9,1%, respectivamente.

Assim como os demais, os bancos privados estão nadando contra a correnteza do aquecimento econômico. As demissões; a redução da PLR dos bancários, via aumento das PDD; as taxas de juros que continuam altas; entre outras práticas, precarizam as condições de trabalho, afetam a qualidade de atendimento e contribuem para o aumento das desigualdades sociais.

Esse alinhamento dos bancos motiva o movimento sindical a mobilizar-se, devido a tantas articulações. Além de se beneficiarem às custas dos clientes e dos funcionários,  os colocam em risco, já que ambas as instituições financeiras pouco investem em segurança, e por isso, acumularam multas da Polícia Federal, em 2012.