Igualdade Racial
Igualdade Racial
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Com a chegada de novembro, CUT, Contraf e sindicatos filiados celebram o mês da Consciência Negra.
A necessidade e urgência em traçar estratégias específicas para combater o racismo, principalmente por meio de ações afirmativas, coadunam-se à luta pela igualdade racial a fim de contrabalançear os efeitos históricos da discriminação.
Há mais de uma década o movimento sindical vem denunciando a exclusão de negros e negras no sistema financeiro, por meio de reivindicações que constam na pauta da categoria.
O engajamento do movimento sindical já promoveu, nesse ano, no dia 13 de maio, uma campanha com o tema: «Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão: por mais contratações de negros e negras no sistema financeiro». Essa, reforçou os encaminhamentos tirados do 1º Fórum sobre Invisibilidade Negra no Sistema Financeiro, ocorrido em novembro de 2011, em Salvador.
Todas essas ações demonstram a persistência do movimento sindical na luta contra a discriminação racial, uma vez que o mercado de trabalho ainda pratica, ao menos, três tipos de discriminações contra negros e negras: a ocupacional, a salarial e da imagem.
Nos bancos essa marginalização é visível, principalmente ao se verificar ausência de responsabilidade social, quando conferem aos negros os menores salários e os maiores índices de desemprego.
A luta pela igualdade de oportunidades nos bancos e na sociedade vem, também, denunciar que as mulheres são, ainda, as mais discriminadas. O racismo se soma ao sexismo.
Outra preocupação é o grande descompasso dos lucros em relação às contratações. O bancos registraram, nesse 3º trimestre, um rendimento total de R$ 10.713 bilhões, no entanto os mesmos não ampliam o quadro de funcionários e não promovem a inclusão. Em contraposição, as instituições segregam de seus quadros as pessoas negras, que hoje compõem um percentual tímido de 16,2% dos contratados.
"O movimento sindical continua na luta contra o racismo. Os bancos, principalmente os privados, têm que implementar programas de inclusão, aliados a uma política de responsabilidade social. É preciso combater o preconceito e a discriminação das instituições, que dificultam a contratação e, consequentemente, ascensão nas carreiras de negros e negras, reforçando os mecanismos de exclusão" declarou Magna Vinhal, presidenta do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região.
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