Temer recua e adia a votação da reforma da previdência

“Eles estão acabando com os empregos por meio da nova lei trabalhista, agora querem acabar com a aposentadoria. Tudo que os trabalhadores construíram ao longo de décadas de luta, está sendo arrasado após o golpe. A retirada de direitos será cada vez mais avassaladora se não estivermos unidos e organizados para barrá-la”, avisa o presidente do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região, Ivan Gomes.

A nova proposta de Temer é mais condensada, mas atinge principalmente os trabalhadores menos favorecidos e que começam a trabalhar mais cedo. O governo ainda não tem os votos necessários, precisa da aprovação de 308 dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados, em dois turnos de votação, para depois seguir para o Senado. 

“O governo insiste em falar em déficit e gastará próximo de 100 milhões de reais em propaganda para convencer a população de que se não houver mudanças, ninguém mais vai se aposentar. Na verdade, ninguém mais vai se aposentar se passar esta proposta, ademais o governo precisa é cobrar a dívida dos grandes devedores, dentre os quais os bancos, além de pagar sua parte nas contribuições que mantêm junto à Previdência. Muitos deputados estão contra, aumentando a pressão, temos chance de virar esse jogo”, completa Ivan.