Reforma trabalhista entra na reta final no Senado
Reforma trabalhista entra na reta final no Senado
O Plenário do Senado aprovou na terça-feira (4) requerimento de urgência para a tramitação do projeto da “reforma” trabalhista (PLC 38/2017), com 46 votos a favor e 19 contra. A votação, do mérito da matéria, está prevista para a próxima terça-feira (11).
OMISSÃO DO SENADO
O senador Paulo Paim (PT-RS) questionou a posição dos senadores governistas, que, mesmo não concordando com o projeto na íntegra, se abstiveram das mudanças no projeto vindo da Câmara dos Deputados, para evitar que o mesmo tenha que retornar à Câmara. Se o projeto for aprovado sem alterações poderá ser enviado diretamente a sanção presidencial.
“Como Pôncio Pilatos, o Senado está lavando as mãos. O povo será crucificado porque o Senado não pode mexer uma vírgula num projeto que faz duzentas mudanças na
CLT. É Congresso bicameral ou unicameral? Vale nós só carimbarmos as matérias?”, disse Paim.
Segundo a senador Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), há uma "unanimidade" na Casa quanto à necessidade de promover mudanças no texto. "Não há uma alma neste Senado Federal, uma senadora, um senador, que tenha coragem de defender o projeto na íntegra", afirmou.
A oposição tentará obstruir a votação e insistiu na suspensão do projeto, argumentando que o presidente Michel Temer está sendo denunciado pela Procuradoria-Geral da República. "Ele pode não ser presidente daqui a 15 dias", disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias .
“É inadmissível que um Congresso mergulhado em corrupção vote a toque de caixa uma matéria com tamanha repercussão e que trará prejuízos irreparáveis à classe trabalhadora. Temos que aumentar a pressão“, afirma Ivan Gomes, presidente do Sindicato.
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