Milhares participam do Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos

06/02/2015 - 13:15

Milhares participam do Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos

No último dia 28, as Centrais Sindicais: CUT, CSB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT organizaram, em São Paulo, o Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos para cobrar do Governo Federal a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, e questionar as políticas econômicas adotadas pelo Ministério da Fazenda.

Mais de cinco mil trabalhadores estiveram presentes no ato unificado que lotou a Avenida Paulista. No Ceará, Porto Alegre, Acre, Espírito Santo e Cuiabá, também ocorreram manifestações .

A mobilização é resposta às recentes mudanças nas regras para concessão dos benefícios do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência, que dificultam o acesso ao impor restrições e alterar os prazos, prejudicando assim os direitos dos trabalhadores.

(Confira a tabela clicando aqui)

Os sindicalistas defendem que as propostas prejudicam duplamente o trabalhador, que enfrenta uma instabilidade no emprego devido aos altos índices de rotatividade¹ nas empresas, sendo responsabilidade do governo aplicar ações eficazes para combatê-la, já que, segundo o Dieese, anualmente, a rotatividade no Brasil é responsável pela dispensa de 40% dos trabalhadores.

Essas ações incompatíveis com a agenda proposta por Dilma Rousseff na corrida eleitoral, foram alvo de críticas. O aumento dos juros, a restrição do financiamento de bens e a deterioração das políticas sociais que vem sendo aplicadas, na visão do movimento sindical, acabarão levando o país à recessão.

Crise da água afeta o emprego

Com a crise da água, principalmente em São Paulo, a preocupação foca no grande risco de redução da produtividade em vários setores, como o de alimentos, bebidas, agricultura e metalurgia, que sofrerão grande impacto no emprego, visto que, o baixo desenvolvimento aumenta o fluxo de demissões.

Por isso, os sindicalistas cobraram uma postura do governador Geraldo Alckmin e do PSDB, e se manifestaram contrários a cobrança de taxas para cobrir a falta de investimentos em obras e serviços para o abastecimento, que não foram efetuados pelo governo.

Caixa 100% pública

Durante a mobilização na Av. Paulista, os bancários rodearam e abraçaram, simbolicamente, o prédio da Caixa Econômica Federal (CEF) a fim de defender que o banco continue 100% público, diante dos boatos de abertura de capital da instituição financeira.

Para a CUT, os bancos públicos foram fundamentais para enfrentar a crise internacional de 2008 e 2010, pois concederam crédito mais barato que os bancos privados. Assim, a abertura de capital não fará com que o Brasil retorne ao caminho do desenvolvimento econômico e social.

"Os trabalhadores não podem ser os únicos a pagarem pelo ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do Governo Federal, e também, é inaceitável a proposta de abertura do capital da Caixa Econômica Federal", conclui Ivan Gomes, presidente do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região.

¹ demissão de funcionários com salários mais altos, substituindo-os por novos empregados que desempenham as mesmas funções com salários menores.

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