Governo Temer quer desmonte dos bancos Públicos
Governo Temer quer desmonte dos bancos Públicos
Reestruturações que na prática significam o desmonte do Banco do Brasil e da Caixa e ampliação da participação de instituições estrangeiras no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Mistura explosiva que pode arrasar os dois maiores bancos públicos do país.
De acordo com reportagem de 10 janeiro, do jornal O Estado de S. Paulo, o governo Temer quer estimular a vinda de bancos estrangeiros para o Brasil. Auxiliares da Presidência da República, segundo o jornal, já estariam discutindo, inclusive, como “eliminar barreiras legais para aumentar a participação dessas instituições no Sistema Financeiro Nacional”.
“Banco do Brasil e Caixa são capazes de quebrar a lógica dos juros altos, aumentar a oferta de crédito e ajudar o país a voltar a crescer. Isso já foi feito com as políticas anticíclicas adotadas em 2012 e a saúde financeira dessas empresas ainda ganhou impulso”, lembra a secretária-geral do Sindicato de São Paulo, Ivone Silva. “A pergunta que fica é: o governo federal não acredita nisso ou propõe essa estratégia para reforçar e facilitar o desmonte das instituições públicas nacionais?”
Ivone diz que a medida, desnecessária, faz lembrar tempos passados que foram bastante nocivos ao Brasil. “Nas eras Collor e FHC, a abertura do SFN aos bancos estrangeiros levou a um ‘‘boom’’ que tinha como justificativa a concorrência para melhorar o mercado. Nada disso aconteceu e a maior parte deles acabou saindo do país ou sendo incorporado pelos nacionais.”
À época, a proclamada concorrência no sistema financeiro não levou a grandes alterações no mercado, tanto que, à exceção do espanhol Santander (que adquiriu, dentre outros, o Banespa), seguem encabeçando o setor os nacionais privados - Itaú e Bradesco, e os públicos - BB e Caixa.
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