Fenaban decepciona bancários na última reunião do ano para debater igualdade de oportunidades

22/12/2015 - 17:15

Fenaban decepciona bancários na última reunião do ano para debater igualdade de oportunidades

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Jaílton Garcia - Contraf-CUT

Decepcionados. Foi assim que os dirigentes sindicais saíram da última reunião do ano com a Fenaban para debater igualdade de oportunidades, realizada em São Paulo, no dia 15 de dezembro. Apesar de definir o calendário de debates para 2016, alguns temas importantes não avançaram. Já estão agendadas quatro reuniões: na segunda quinzena de fevereiro, na última semana de abril; na segunda semana de julho e após a assinatura do acordo da Campanha Nacional de 2016.

A principal frustação ficou por conta da campanha nacional conjunta de combate ao assédio sexual. Segundo os dados mostrados na Consulta Nacional, 12% da categoria elegeu este tema como prioridade, sendo um assunto que preocupa muito os trabalhadores. Os bancos se comprometem a reforçar a comunicação e sensibilização interna, mas não aceitam fazer a campanha conjunta com movimento sindical, ao contrário do que foi sinalizado na campanha nacional 2015.

Durante o encontro também, a Fenaban apresentou os dados sobre a participação das mulheres negras no setor. Em 2008, era 8,2% da categoria. Já no novo censo, esse número subiu para 11% e a PEA está 21,6%.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, o aumento, sem dúvida, representa um avanço, mas os resultados continuam longe do esperado. "Depois de muitas cobranças do movimento sindical, a Fenaban finalmente apresentou os dados das mulheres negras no setor bancário. Os números de 2014 em relação a 2008, ainda é insuficiente. O dia a dia, mostra que os afrodescendestes ainda são invisíveis na categoria. Precisamos avançar mais."

A inclusão dos trabalhadores com PCD também foi debatido. Os representantes dos trabalhadores questionaram quais as ações em curso para avanço no cumprimento da cota de pessoas com deficiência. Os bancos afirmaram que o percentual de trabalhadores com deficiência no setor atualmente é de 3,6%, contra 1,8%, em 2008. A Fenaban alega que a dificuldade de contratação se deve à deficiência da educação pública.

“Nós discordamos desta avaliação. Embora tenha subido, nós consideramos insuficiente e está aquém do mínimo exigido pela lei, de 5%”, lembrou Fabiano. O tema de inclusão de trabalhadores com deficiência será retomado na primeira reunião do ano que vem.

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