em Patos de Minas, Bradesco proíbe camisa da seleção

30/06/2014 - 16:45

em Patos de Minas, Bradesco proíbe camisa da seleção

Na manhã de terça-feira (17), dia em que ocorreu o segundo jogo da seleção do Brasil, vários funcionários do Bradesco tiveram a entrada na agência barrada por estarem trajando a camisa da seleção.

Segundo Denise Caixeta, diretora do Sindicato, antes do dia 12, quando iniciou-se a Copa do Mundo, os funcionários combinaram entre si de nos dias dos jogos da seleção  trabalharem com a camisa do Brasil e, para tanto, solicitaram autorização da diretoria / administração da agência/banco, que foi concedida. Como no primeiro jogo não foi possível avisar a todos os funcionários da combina, os mesmos decidiram começar a utilizar a camisa a partir da segunda rodada de jogos da seleção.

Ocorreu que, na manhã de terça-feira, a agência recebeu um e-mail encaminhado pela regional a todos os funcioná-rios proibindo o uso da camisa e cobrando o uso regular do traje social, ainda nos dias dos jogos da seleção.

Devido ao horário em que foi recebida a notificação, vários bancários não souberam da decisão arbitrada pela regional e compareceram vestidos com a camiseta do Brasil. Com isso, os mesmos foram impedidos de entrar na agência e obrigados a retornarem as suas casas para trocarem de roupa, ocasionando também o atraso no horário de trabalho.

De maneira semelhante, em Brasília, os funcionários do banco HSBC também foram proibidos de usar o verde e amarelo nas dependências das agências nos dias dos jogos da seleção. No entanto, tão logo tomou conhecimento dos fatos o Sindicato dos Bancários de Brasília denunciou o caso e exigiu o fim da proibição. A pressão do Sindicato fez com que o banco recuasse em sua descisão arbitrária, autorizando assim o uso das camisas do Brasil.

No caso do Bradesco, além de impedir o exercício do patriotismo, o banco exigiu o uso de traje social sendo que não fornece uniforme aos funcionários, o que torna a medida abusiva por parte da instituição que, com essa postura, priva seus colaboradores de práticas culturais e ainda cobra um padrão de roupa que, para correspondê-lo, deveria ser pago pelo próprio banco.

Outro problema relatado pela diretora do Sindicato trata-se de que o banco tem se recusado a fazer novas contratações, sob a alegação de que há funcionários sobrando na agência, no entanto, contraditoriamente, devida a grande demanda de serviço, vários bancários estão sobrecarregados e chegam a trabalhar até as 20h ou 21h no banco.

"Em contato com a Assesoria da Gerência Regional de Uberlândia a respeito do comunicado, fomos informados de que o mesmo foi encaminhado por ordem vinda da presidência do banco, que alegou  não ser permitido o direito de uso de imagem do Brasil por empresas que não são patrocinadoras oficiais da copa, o que seria de uso exclusivo do Itaú. Porém, em contato com as outras agências da instituição, verificamos que a medida foi meramente arbitrária, visto que, a proibição do uso da camisa não foi encaminhada para as demais unidades, o que demonstra um abuso por parte do banco ao impedir o patriotismo de seus funcionários, retaliando um hábito cultural. Quanto as demais denúncias, as mesmas estão sendo apuradas pelo Sindicato para que sejam tomadas as devidas providências", finalizou Renato Sousa, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

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