Editorial: Não ao Neoliberalismo dos Bancos

09/04/2013 - 15:15

Editorial: Não ao Neoliberalismo dos Bancos

O mercado financeiro, numa tentativa de pressionar o governo em defesa da contenção do consumo interno e do crédito e, também, do aumento de demissões e das taxas de juros, está utilizando as mídias para polemizar as projeções do índice inflacionário do país. 

Em entrevista a Reuters, realizada no último dia 28, Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), afirmou que o aumento do juro é o melhor remédio para conter a inflação e, ainda, alegou que o aumento do índice são “evidências de que reajustes salariais acima dos ganhos de produtividade tendem a gerar pressões inflacionistas”.

A declaração ocorreu, justamente, um dia depois que a Presidenta, Dilma Rousseff, afirmou ser contra o combate à inflação mediante redução do crescimento econômico, o que entra em choque direto com as pretensões de lucro das instituições financeiras do país.

O que podemos perceber é uma jogada protagonizada pelos bancos, contando com o aval de diretores do Banco Central, que buscam desculpas para justificar seu altos Spreads bancários, seu contingente de demissões, os altos bônus pagos aos executivos e a exploração de clientes e funcionários, visando conter a ação do estado em sua política neoliberal.

São declarações como a de Carlos Hamilton, defendendo a posição dos banqueiros, que demonstram a extrema urgência em se realizar a Conferência Nacional do Sistema Financeiro, já autorizada pela Presidenta Dilma, fruto das mobilizações realizadas na 7ª Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, em março.

Além de articular meios para manter sua alta lucratividade, percebemos claramente, na fala do diretor do BC, o posicionamento intencionado por todos os bancos, que visam reduzir as conquistas e os direitos dos seus funcionários, prática que recentemente está sendo combatida no Banco do Brasil.

Por isso, o movimento sindical apoia a declaração da Presidenta Dilma e vai contra o desaquecimento econômico, que tem por consequência apenas a redução dos empregos, dos salários e na demanda interna.

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