Editorial: II Censo da Diversidade Bancária

18/02/2014 - 15:15

Editorial: II Censo da Diversidade Bancária

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Reprodução
II Censo da diversidade bancária

Promover a diversidade no ambiente de trabalho é estimular o respeito e a igualdade de oportunidades, de forma a combater o preconceito e a discriminação em relação à cor, gênero, deficiência, orientação sexual, crença ou idade.

Com esse foco, os movimentos sociais e as entidades sindicais, além da participação efetiva do Grupo de Apoio Técnico (GT Técnico), pautaram o eixo por meio da pressão e de campanhas em favor das políticas inclusivas, o que obrigou os bancos a realizar, em 2008, uma pesquisa nacional conhecida como I Censo da Diversidade Bancária.

Essa pesquisa contou com a participação de 18 bancos e com 204.133 (ou 49,9%) do total de colaboradores que responderam o questionário aplicado.

A análise dos dados coletados revelou que a maioria dos empregados nos bancos era do sexo masculino (52%), brancos (77%) e estavam alocados em funções de caixa ou de escriturário (68%). Apenas 19,5% dos trabalhadores do sistema financeiro eram negros ou pardos e ganhavam, em média, 84,1% do salário dos brancos.

As mulheres recebiam 78% dos salários dos homens. A discriminação era ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguiam emprego nos bancos, contra 18% da População Economicamente Ativa (PEA).

As pessoas com deficiência não conseguiam preencher, sequer, os 5% da cota exigida por força de lei.

Os resultados comprovaram a discriminação dentro dos bancos e fundamentaram as argumentações da categoria, direcionando o desenvolvimento de um plano de ações para combater os problemas identificados.

Devido a necessidade de conhecer o atual perfil da categoria e corrigir distorções, o movimento sindical conquistou, durante a Campanha Nacional 2012, a realização de um novo censo que, conforme convenção coletiva, foi preparado em 2013 e será aplicado em 2014, no período de 17/03 à 25/04,  quando o questionário ficará disponível no hotsite da Fenaban, para que todos os bancários respondam.

A novidade do II Censo da Diversidade Bancária está no pioneirismo da categoria em romper as barreiras ao incluir o tema LGBT (Lésbica, Gays, Bissexuais e Transexuais) no levantamento, além da aceitação de uma exigência dos sindicalistas, que cobraram a segmentação da pesquisa considerando a natureza dos bancos, se são públicos ou privados.

Essa conquista representa um avanço na luta pela igualdade de oportunidades, por se tratar de um esforço dos movimentos sindicais e sociais que visam conscientizar e combater o preconceito, a violência e a discriminação. Por isso, contamos com a participação efetiva de todos os bancários e bancárias, a fim de contribuir na avaliação das ações afirmativas prometidas pelos bancos, visando definir novas políticas que garantam a igualdade de oportunidades.

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