Editorial - Abril: Mês da Saúde
Editorial - Abril: Mês da Saúde
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O mês de abril é marcado pela comemoração do Dia Mundial da Saúde (07), e no meio sindical, também, pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28).
Para os representantes dos trabalhadores é um mês importante, em que são realizadas mobilizações, seminários, reflexões, entre outras atividades que têm como objetivo prevenir o adoecimento.
A saúde é o alicerce do corpo e da mente, e portanto, indispensável à vida, estando diretamente relacionada a eficiência e satisfação pessoal. No entanto, os bancários são os que mais estão sujeitos a transtornos físicos ou mentais, dentre as categorias profissionais do Brasil.
Esse desgaste na saúde dos empregados no ramo financeiro, deve-se a gestão perversa dos bancos, que tratam com descaso os limites de seus funcionários, submetendo-os à pressão para o cumprimento de metas, à sobrecarga de trabalho, ao risco de roubos e sequestros e ao assédio moral.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 2,02 milhões de pessoas morrem, a cada ano, vítimas de enfermidades relacionadas ao trabalho, o que equivale a 115 empregados sofrendo acidentes laborais ou a morte de um deles a cada 15 segundos.
Os números assustam, e o quadro se agrava no setor financeiro, que mesmo sendo o mais lucrativo do país, lidera o ranking de trabalhadores acometidos por doenças musculoesqueléticas, devido ao esforço repetitivo (LER/Dort), ou relacionadas ao sofrimento mental, segundo as estatísticas da Previdência Social.
De acordo com o psicólogo, advogado e professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), José Roberto Heloani, um ambiente que exige constante superação e que adota um modelo de trabalho, cuja principal regra é a competição, causa angústia permanente no funcionário. Este, por sua vez, é forçado a ver o colega de trabalho como um rival, ficando mais propício ao adoecimento.
Infelizmente, esse quadro abrange todas as agências, de bancos públicos e, principalmente, privados de todo o país, e deixa claro a arbitrariedade dos bancos. Aliada a ausência de diálogo e às medidas unilaterais, surgem assim, inúmeros fatores de risco à saúde dos bancários.
Por isso, o movimento sindical defende a democratização das relações de trabalho, visto que, somente de maneira coletiva e organizada podemos chegar a uma conciliação que proporcione condições de trabalho dignas e saudáveis a todos.
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