Contraf e CUT traçam perspectivas para 2014

04/02/2014 - 17:00

Contraf e CUT traçam perspectivas para 2014

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Reprodução
Carlos Cordeiro - Presidente da Contraf e Vagner Freitas - Presidente da CUT Nacional

Em 2013, a luta da categoria bancária esteve em destaque devido às fortes mobilizações que foram responsáveis por obter novas conquistas, salientando as vitórias na Campanha Nacional e o adiamento da votação dos projetos de terceirização – PL 4330 e PLS 87.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), o altíssimo grau de unidade dos bancários possibilitou que a luta da categoria fosse além do possível, travando batalhas essenciais para vencer a guerra por emprego decente.

Em entrevista realizada em dezembro, Carlos abordou as perspectivas para 2014 apontando que, mesmo com um calendário repleto de várias eleições, os dirigentes continuarão trabalhando muito e vencendo todos esses processos, a fim de avançar com mais e melhores empregos e com mais inclusão social, sendo também necessário mexer na estrutura de distribuição de renda do Brasil.

Temas como reforma política e tributária, democratização da mídia e regulamentação do sistema financeiro permanecem em foco na agenda de luta, sendo o grande desafio abrir as portas para a sociedade, a fim de propor debates com especialistas em cada um destes temas centrais.

“Enquanto houver demissões, com corte de postos de trabalho e rotatividade, mortes, adoecimentos e baixos salários, estaremos desafiados a acabar com essas violências. O maior desafio é sermos esperança para esses trabalhadores e convencê-los que lutando juntos somos mais fortes” declarou Carlos Cordeiro.

Também voltado para a conquista de novos direitos, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalha-dores (CUT), destacou a redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, sem redução nos salários, além do fim do fator previdenciário como os pontos centrais da pauta dos trabalhadores para esse ano.

A proposta de uma jornada reduzida visa ampliar o número de postos de trabalho, além de garantir qualidade de vida para o empregado, que terá mais tempo para dedicar-se a realização de cursos de formação e investimentos pessoais, trazendo resultados positivos até mesmo ao próprio empresariado.

Algumas categorias já obtiveram a redução da jornada por meio de Acordos Coletivos, como é o caso dos químicos e metalúrgicos. “Pode ser uma alternativa, a CUT entende que é uma questão de negociação e se o caminho for a redução gradual, é claro que nós aceitamos negociar”, declarou Vagner.

Assim, o foco da luta da categoria para esse ano é conquistar a distribuição do lucro das empresas por meio do salário, condições de trabalho e da jornada. 

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