Caixa propõe suspender implantação do GDP e manter PLR Social

04/11/2015 - 13:00

Caixa propõe suspender implantação do GDP e manter PLR Social

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ANJU

Suspensão imediata da implantação da terceira fase do Plano de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), suspensão da obrigatoriedade dos 15 minutos de pausa para mulheres, aplicação dos índices de reajuste propostos pela federação dos bancos (Fenaban), a manutenção da PLR Social e renovação das cláusulas do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esses são alguns dos principais pontos da proposta específica feita pela direção da Caixa Federal aos empregados, na negociação com o Comando Nacional dos Bancários no dia 25 de outubro.

A greve de 2015 foi uma das mais fortes dos últimos anos.

A mobilização conjunta em todo âmbito nacional foi essencial para impedir o retrocessos da categoria e forçar os bancos a mudar sua  proposta, em três ocasiões: saímos de 5,5% mais abono de R$ 2,5 mil para 10% nos salários e 14% nos vales. Mesmo com o fim do movimento grevista, o Sindicato vai lutar em defesa de mais empregados para a Caixa e mais Caixa para o país, da Caixa 100% pública e contra o PLS 555 do Senado que permite a abertura de capital da empresa.

Dias parados – No que se refere aos dias parados da greve, será utilizado o mesmo critério proposto pela Fenaban. Dessa forma, não haverá desconto e a compensação resultará em anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de 6 horas e de 72% dos dias para quem faz 8 horas. A compensação será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo será assinado) até 15 de dezembro. A Caixa também se comprometeu a renovar todas as cláusulas do Acordo Aditivo.

PLR – A empresa mantém o formato dos anos anteriores. Dessa forma, a PLR será composta da regra básica da Fenaban – 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92, mais adicional de 2,2% do lucro líquido dividido igualmente entre todos os funcionários até o limite individual de R$ 4.043,58 – e da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido distribuído de forma linear entre os empregados (veja simulação de como ficaria por faixa salarial no quadro). A Caixa garantirá, no mínimo, uma Remuneração Base a todos os empregados, e antecipará 60% do total da PLR, que será paga até 10 dias após a assinatura do acordo. O banco se comprometeu a tentar antecipar ainda mais a data do crédito.

Suspensão do GDP – O banco se compromete em suspender a implantação da terceira fase do plano Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). Nesse caso a discussão seria travada em grupo de trabalho composto por representantes dos empregados e da empresa.

Promoção por mérito – A Caixa realizará avaliação em 2016 para promoção por mérito em 2017. Serão elegíveis todos os empregados ativos em 31 de dezembro de 2016 e com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2016. Cada promoção equivale a um ou dois Deltas (2,3% ou 4,6% na tabela). A promoção por mérito referente a 2015 já está assegurada.

15 minutos – A direção da empresa aceitou a reivindicação do movimento sindical e irá suspender em todo o país a obrigatoriedade de as mulheres terem de cumprir o intervalo de 15 minutos antes de começar jornada extraordinária.

Dias de luta – Revogação do corte do ponto dos bancários que participaram do Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização, em 29 de maio. Os trabalhadores terão o desconto ressarcido e serão suspensos os efeitos da medida que poderia prejudicá-los na carreira.

Plano odontológico – A Caixa solucionará, até dia 31 de dezembro, a suspensão do adiantamento odontológico (pagos em dez vezes sem juros) para quitar intervenções não cobertas pela Saúde Caixa.

Bolsa – Serão oferecidas 1,6 mil bolsas de estudo como incentivo à elevação da escolaridade: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.

CCV – A Caixa se compromete a renovar as comissões de conciliação voluntárias, a de 7ª e 8ª horas e a de tíquete alimentação, e ainda criará uma nova com o tema natureza salarial do auxílio-alimentação. Ausências permitidas – Para levar cônjuge, companheiro, pai, mãe, filho, enteado menor de 18 anos ao médico, a Caixa propõe alterar de até dois dias para até 12 horas ou 16 horas conforme jornada do empregado, 6 ou 8 horas, respectivamente.

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