Bom senso no Senado e no Palácio da Alvorada - Renan votará PL 4330 com critério e sem pressa, Dilma declara ser contra o projeto

06/05/2015 - 13:30

Bom senso no Senado e no Palácio da Alvorada - Renan votará PL 4330 com critério e sem pressa, Dilma declara ser contra o projeto

vb6305_1.jpg

Wilson Dias / ABR e Jorge William
Governo e Centrais aliados contra a terceirização indiscriminada

No último dia 28, a pedido do movimento sindical, o presidente do Senado, Renan Calheiros, realizou audiência com a CUT, CTB, NCST e UGT para abordar sobre o Projeto de Lei (PL) 4330 da terceirização, aprovado na Câmara do Deputados no último dia 22, e que agora estará sob avaliação dos Senadores.

Durante a conversa, Renan afirmou ser contrário a proposta de terceirização na atividade-fim, que se aprovada criará um novo modelo de desenvolvimento ao país que não privilegia os direitos dos trabalhadores, e sim a precarização.

O presidente garantiu que o debate em torno do projeto será criterioso e transparente, e que a casa estará aberta. "Eu não tenho compromisso com o cronograma de negociação", declarou Renan em referência à pressa com que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, quer encerrar a tramitação do projeto.

Na manhã da última quinta-feira (31), o presidente da CUT, Vagner Freitas, e outros sindicalistas participaram de um encontro com a presidenta Dilma Rousseff, que também obteve resultados muito positivos para os trabalhadores.

Inicialmente, a presidenta Dilma anunciou sua posição contrária a terceirização da atividade-fim nas empresas do país. "A regulamentação do trabalho terceirizado, do nosso ponto de vista, precisa manter a diferenciação entre atividade-fim e atividade-meio nos mais diversos ramos da atividade econômica", declarou Dilma.

Além disso, durante a reunião foi aprovada uma reivindicação antiga dos trabalhadores para a criação de um espaço de diálogo sobre previdência e trabalho. Por decreto, a presidenta anunciou o "Fórum de Debates de Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência".

Segundo a CUT, o Fórum será formado pelas centrais sindicais, além de representantes dos aposentados e pensionistas, empresários e do governo. O mesmo estará subordinado a Secretaria-Geral da Presidência e terá seis meses para apresentar propostas para o setor à presidenta Dilma.

A CUT já posicionou que no fórum irá defender o fim do fator previdenciário, a cobertura da previdência social, o fortalecimento do trabalho e o fim da rotatividade no mercado de trabalho.

"Embora tenhamos perdido a primeira batalha, que foi a votação na Câmara dos Deputados, acredito que no Senado Federal haverá maior debate e também a sensibilização dos senadores quanto ao prejuízo que uma terceirização sem limites trará para o conjunto dos trabalhadores." finalizou, Ivan Gomes, presidente do Sindicato.

Comentar

CAPTCHA
Esta pergunta é para testar se você é ou não um visitante humano e para evitar envios automatizados de spam.

Comentários recentes

Newsletter

Mantenha-se informado com nosso boletim online

Denuncie