BB registra lucro recorde de R$ 15,8 bilhões, superando o Itaú

18/02/2014 - 15:15

BB registra lucro recorde de R$ 15,8 bilhões, superando o Itaú

Itaú, Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Santander divulgaram na última semana os balanços financeiros de 2013, que registraram queda na inadimplência e um aumento, em média, de 10% nos lucros, com exceção do banco Santander que teve queda de 9,7% no resultado do exercício.

Com um lucro recorde de 15,8 bilhões o BB ultrapassou o ganho do Itaú (R$ 15,7 bilhões), que desde 2010 permanecia invicto no topo da lista de bancos mais lucrativos do país.

Nos últimos dez anos (2004-2013) os dois bancos tem acirrado a concorrência entre si e, nessa disputa, ambas instituições conseguiram multiplicar seus lucros em 5 e 4 vezes, respectivamente.

O crescimento recorde em 2013 no Banco do Brasil foi resultado dos ganhos com a venda de ações do BB seguridade, empresa de seguros, previdência e capitalização do banco. Já no Itaú, os lucros tiveram origem na carteira de crédito, que apresentou um crescimento de 13,5%.

DEMISSÕES NOS BANCOS PRIVADOS

Mesmo com um lucro total equivalente a R$ 34 bilhões, os três maiores bancos privados que operam no país (Itaú, Bradesco e Santander) seguem demitindo, o que em 2013 resultou na eliminação de 10.001 postos de trabalho, na contramão da economia nacional que gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira assinada.

Além do número de demissões cada vez mais crescente, os bancos mantém a prática de alta rotatividade de mão de obra como manobra para reduzir os salários.

Contraditoriamente  à essa desnecessária política de corte de custos,  Bradesco e Itaú aparecem entre os 35 bancos mais valiosos do mundo, segundo levantamento divulgado pela Brand Finance e pela revista inglesa "The Banker",  que também coloca o Brasil na 8ª posição do ranking dos 10 países com os bancos mais valiosos, somando um total de US$ 33,48 bilhões.

A análise desses dados mostra que é preciso ampliar a luta pela valorização do trabalho, a fim de transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social, através do aumento dos salários e da geração de mais empregos.

"Enquanto houver demissões, rotatividade, baixos salários, desigualdades, assédio moral, adoecimentos, insegurança, mortes, estaremos desafiados a acabar com essas violências. O maior desafio é sermos esperança para os trabalhadores" declarou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

"A cada ano os bancos aumentam seus lucros, resultado de metas abusivas, assédio moral e demissões. A ganância dos banqueiros não tem limites" , afirma Ivan Gomes Caetano, presidente do SEEB Patos de Minas. 

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