Bancários aprovam reajuste de 8,5% nos salários, 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição

09/10/2014 - 17:15

Bancários aprovam reajuste de 8,5% nos salários, 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição

Em Assembleia, realizada no último dia 06, com a presença maciça de 84 bancários de Patos de Minas e Região, os trabalhadores aprovaram as propostas dos bancos e deliberaram pelo fim da greve, tendo os bancos privados retomado, de imediato, as suas atividades e os bancos públicos no dia 07.

Após quatro dias de greve, que paralisou em todo o país 10.355 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, na nona rodada de negociações a Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal apresentaram propostas que contemplaram: 8,5% de reajuste nos salários e demais verbas salariais (2,02% de ganho real); 9% nos pisos (2,5% de ganho real); 12,2% no vale-refeição (5,5% de ganho real); Mais 2 mil empregados no BB e Caixa.

Além dos avanços econômicos, a pressão dos bancários garantiu também avanços sociais, como: combate às metas abusivas, readmissão automática de bancárias grávidas no período de aviso prévio, campanhas de combate aos assédios moral e sexual, igualdade de oportunidades para os homoafetivos, e adiantamento do 13º salário para os afastados.

As principais propostas gerais (Fenaban) e especificas (Caixa e Banco do Brasil) podem ser conferidas nas páginas 2 a 4.

Segundo o Dieese, os bancários obtiveram o maior aumento real não escalonado desde 1995, além de obter o melhor resultado entre as principais categorias que entraram em campanha no segundo semestre do ano.

A exemplo, os comerciários obtiveram reajuste de 8% (aumento real de 1,55%) e os petroleiros da Petrobras alcançaram o índice de 9,71% (ganho real de 2,33% a 3%) porém, somente até o 5º nível - acima disso houve só reposição da inflação - sendo que há 17 níveis na empresa.

Além disso, o ganho acumulado de 2004 a 2014 nos salários é de 20,73% e nos pisos soma 42,1% acima da inflação (veja o gráfico do Dieese na página 2).

Outros dois avanços importantes ocorreram no HSBC e no Itaú. O banco HSBC mesmo não obtendo lucro no país atendeu à reivindicação dos bancários e efetuará o pagamento da Participação nos Resultados (PR) no valor de          R$ 3 mil. Quanto ao Itaú, na antecipação da PLR os funcionários receberão também o Programa Complementar de Remuneração (PCR) no valor de          R$ 2.080.

Esse ano a lógica da mobilização foi invertida e obteve um resultado bastante satisfatório, uma vez que, com uma greve mais rápida e mais forte foi possível pressionar os bancos e obter novas cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), cuja abrangência é nacional.

"Esta foi uma campanha salarial vitoriosa, pois obtivemos aumento real nos salários e nos pisos pelo 11º ano consecutivos, além de um reajuste expressivo no vale alimentação. Também avançamos nas cláusulas sociais e em melhorias nas condições de trabalho, além de mais contratações no Banco do Brasil e na Caixa. Tudo isso fruto da mobilização e pressão da categoria", finalizou Ivan Gomes, presidente do Sindicato.

Acesse aqui a galeria de fotos da Campanha Nacional 2014

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