Ação à retirada de direitos dos trabalhadores

01/03/2016 - 13:15

Ação à retirada de direitos dos trabalhadores

Comando Nacional dos Bancários aponta ação de resistência a pautas-bombas que visam retrocesso aos tempos neoliberais

Não vai ter arrego. Enquanto no Congresso Nacional pululam pautas bomba, que têm por objetivo retirar direitos e avanços conquistados principalmente nos últimos anos, a mobilização dos trabalhadores tem de ser total.

“Temos de levar em conta que enfrentamos um Congresso inimigo dos trabalhadores, com ataques à democracia e aos direitos humanos”, afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Em palestra aos dirigentes sindicais do Comando Nacional dos Bancários, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) destacou que há um movimento no Brasil pela retomada do neoliberalismo que se reorganiza “com a precarização do Estado, a exemplo do questionamento do papel do Banco Central”. Ele cita ainda a precarização do parlamento: “os políticos não respondem mais a partidos, mas a quem pagou sua campanha”. Há uma guerra contra a regulamentação do trabalho, contra a CLT, pela terceirização e o fim de todas as políticas de garantia.

Diante dessa conjuntura, o Comando Nacional dos Bancários, reunido nos dias 22 e 23 de fevereiro, em São Paulo, estabeleceu calendário de lutas e da Campanha Nacional Unificada 2016, e definiu uma série de resoluções para enfrentar as principais pautas que visam reduzir direitos dos trabalhadores

  • O Comando Nacional dos Bancários continuará com ações permanentes para impedir que sejam aprovados projetos contrários aos interesses da classe trabalhadora, a exemplo da pauta conservadora em tramitação no Legislativo, como o PL da terceirização e o PLS 555, que ameaçam empresas públicas e visam acabar com direitos trabalhistas e sociais.
  • Repudiamos os juros altos e extorsivos cobrados pelos bancos e defendemos a redução da taxa Selic, que nos patamares atuais só contribui para o fortalecimento do rentismo, retirando dinheiro do orçamento público (em saúde, educação e políticas sociais) para colocar no bolso do setor financeiro.
  • Entendemos que a prioridade do governo não tem de ser a Reforma da Previdência e sim promover mudanças na política econômica para a retomada do crescimento com políticas de ampliação do crédito e geração de emprego e renda. Não vamos aceitar retrocessos como a idade mínima para a aposentadoria ou equiparação entre homens e mulheres do tempo de vida exigido para obter o benefício.
  • Chamamos a unidade da classe trabalhadora e convocamos também toda a militância a participar, no dia 31 de março, da Marcha à Brasília pela retomada dos investimentos públicos, em defesa da produção, de salários e empregos de qualidade no Brasil, garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do sistema financeiro, contra a retirada de direitos, em defesa da democracia , contra a investida do projeto neoliberal.
  • Somos contrários ao projeto de lei que prevê a independência do Banco Central e tem a intenção de subordiná-lo aos interesses do mercado financeiro e não ao povo brasileiro.

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